quarta-feira, 29 de abril de 2015

Água de cura

Águas de Santa Bárbara é considerada como a cidade com melhor água terapêutica.

Existe um recurso natural no planeta que, além de ser essencial para a sobrevivência, possui efeito terapêutico comprovado cientificamente que pode curar doenças, a água mineral. Doenças de pele, diabetes hepático ou pancreático, reumatismo, urticária e edemas locais são algumas das enfermidades que se tratadas com banhos ou ingestão de água, muitas vezes, encontram cura definitiva.
No estado de São Paulo, apenas 11 municípios são considerados estâncias hidrominerais, por cumprirem requisitos definidos por lei estadual. Esse título garante à cidade uma verba maior para a divulgação e investimento no turismo regional.
Águas de Santa Bárbara localizada no interior do Estado, com 146 anos e cerca de 5.600 habitantes (Censo IBGE/2010), destaca-se por possuir águas terapêuticas, bicarbonadas e radioativas, para tratamentos medicinais, além dos esportes radicais, cachoeiras e parques ecológicos.

Os lagos e os peixes chamam atenção dos visitantes / Foto: Ariene Drummond
Há relatos que, desde a colonização da área, as propriedades terapêuticas da água encontrada na cidade já eram aproveitadas. No século 19, uma fonte conhecida como “Poço quente” ou “Água Virtuosa” era procurada para a cura de diversas enfermidades. Mas somente em 1945 o município recebeu o título de Estância Hidromineral, quando o interventor federal Fernando Costa assinou o decreto.
Hoje, no mesmo local da fonte, se encontra o Balneário Mizael Marques Sobrinho, construído em 1963, pelo governo do Estado. “No nosso balneário, a água sai debaixo da terra a 28 graus e junto com essa temperatura vêm às propriedades terapêuticas”, explica o secretário de Turismo da cidade, Valmir Santana. O segredo está na localização da cidade, no centro do Aquífero Guarani, e na atividade vulcânica na região. É por isso que águas são tão ricas em propriedades e já saem aquecidas.

O Balneário da cidade foi construído em 1963 / Foto: Ariene Drummond
O espaço conta com vestiários feminino e masculino, banhos de imersão, saunas a vapor e seca, ducha escocesa, piscina interna e externa, ofurô e ducha circular. “O permitido é que a pessoa fique em contato com a água por até 20 minutos. Num tempo maior, a pressão arterial pode baixar. O visitante pode escolher entre o banho de imersão ou no ofurô”, diz Santana. Para cada tratamento há uma indicação.
Segundo o prefeito de Águas de Santa Bárbara, Carlos Alberto de Carvalho, ainda neste mês deve ter início a reforma da ala feminina, “O nosso balneário é dividido em duas alas, a feminina e a masculina, mas atualmente estamos atendendo com ala mista. Com a reforma, as alas voltarão a atender separadamente”.
Valmir Santana conta que a preferência está nos banhos de imersão em ofurôs. Eles comportam mais água se comparado com a banheira de imersão. Na cidade, pelo menos 60 por cento das pessoas que fazem tratamento são japoneses. "Eles falam que o ofurô remete ao tema materno, que o relaxamento é maior, mas todas as pessoas gostam e usam".
Os banhos de imersão no ofurô representam rituais familiares no Japão. A banheira é um tipo tradicional no país asiático, caracterizada pelo seu formato mais profundo e curto do que uma banheira ocidental, permitindo a seu usuário tomar banho com o corpo em posição fetal.

O banho de ofurô é mais procurado pelos turistas japoneses / Foto: Ariene Drummond
“A primeira vez que eu fiz o banho de imersão, eu senti uma sensação muito agradável. Eu gostei muito, porque a água está em uma temperatura muito boa então relaxa o corpo, dá uma sensação de paz e alivio. É um lugar em que você esquece os problemas, que não precisa pensar em nada e é como se mergulhasse no mais profundo sossego”, relata Andrea Camillo, 42, funcionária pública, moradora de Piraju.
O secretário de turismo, conta que veio para cidade por causa da doença de sua mãe. “Eu era de São Paulo e cuidar da diabete da minha mãe lá era muito complicado. Toda noite que ia medir estava muito alta, eu precisava colocar insulina na barriga dela, era uma situação bem ruim. Eu trouxe minha mãe para cá, ela fez os tratamentos, a diabete estabilizou e ela perdeu 10 quilos”.
Além dos banhos e tratamentos realizados no balneário, existem outros locais que os visitantes podem passar o dia com a família e amigos. A estrutura conta com parque recreativo, academias ao ar livre, a trilha Caminho das Ilhas, banheiros e estacionamento.
Os turistas aproveitam também para buscar água com garrafas e galões para levar para casa, pois há água mineral em todas as torneiras do parque. A turista Maria Leão, 73, moradora de Cerqueira César, afirma que gosta muito de visitar a cidade, “Faz tempo que conheço Águas de Santa Bárbara, mais de 50 anos. Gosto muito daqui, como é perto da minha cidade, sempre venho visitar e também levar água”.

Toda toneira do balneário possui água mineral / Foto: Ariene Drummond
Gabriela Ferreira, 20, monitora de transporte escolar, conta que conheceu a cidade quando passeava com a família de uma amiga, “Ficamos o dia todo no balneário. Quando venho para cá gosto de aproveitar a piscina quando está calor e fazer caminhadas pois o lugar é muito bonito”
 “Futuramente, vamos atrair ainda mais visitantes. Nosso próximo grande investimento será para o clube aquático, que atenderá toda a região. Será um complexo de piscinas e toboáguas que estará localizado próximo ao nosso balneário”, conclui Valmir.

Como chegar: A cidade fica a 300 quilômetros da capital São Paulo. Seguindo pela Rodovia Castello Branco, sentido interior, é necessário ir até o quilômetro 288.

Ariene Drummond

domingo, 19 de abril de 2015

Paraíso Ecológico

A represa e locais para a prática de esportes radicais chamam atenção dos turistas.

Cercada pelos rios Paranapanema e Itararé, na divisa com o Estado de São Paulo, está localizada a cidade de Ribeirão Claro. O município do norte do Paraná de 106 anos e cerca de 11 mil habitantes (Censo IBGE/2010), fica em uma região com montanhas e colinas cobertas de vegetação da mata atlântica.
Logo na entrada da cidade encontra-se o Portal, construído com a arquitetura local e com as características da história do município. No mesmo lugar o visitante possui um auxílio para o seu passeio. O Centro de Informações Turísticas foi construído para recepcionar os turistas e todos os viajantes que passam pelo local, com informações necessárias conforme as solicitações.

O portal da cidade possui arquitetura local / Foto: Ariene Drummond
Segundo o chefe do departamento de turismo, Marcos Nardo, os investimentos são realizados para auxiliar os visitantes nos passeios. “É investido na infraestrutura, como acesso aos pontos turísticos e sinalização e construções de parques ecológicos com recursos próprios e recursos federais”.
A represa de Chavantes é um dos pontos mais visitados pelos turistas que passam pela cidade. O que também chama atenção dos visitantes são a cachoeira Véu da Noiva, a cascata do Ruvina e cascata do Gummy. Ideal para passeios no meio da mata e logo após da caminhada um banho nas belas quedas d’água.
A cachoeira Véu da Noiva tem quatro quedas d'água / Foto: Ariene Drummond
 O Mirante da Serra, localizado às margens da rodovia de acesso a Ribeirão Claro e Carlópolis, a cerca de oito quilômetros do centro da cidade, é uma área com topo de formação rochosa em que se é possível ter uma visão ampla e privilegiada da represa e da natureza em volta.
Um local que também garante um belo cenário da paisagem é o Morro do Cruzeiro. O lugar é de fácil acesso por uma estrada de chão de um quilômetro. Lá é possível ver o Centro de Eventos Municipal, as cidades vizinhas e também a represa de Chavantes.
Agora se a opção é se aventurar, o município possui bons locais para a prática de esportes radicais. O Morro do Gavião fica a cerca de sete quilômetros do centro da cidade e tem 410 metros de altura em relação à represa. Ali são praticados o salto de Para-Glider, Asa-Delta, Rapel e Alpinismo.  
Outros bons lugares para a prática esportiva são o Morro Padilha localizado a nove quilômetros do município, e a Torre de Pedra que fica a seis quilômetros de distância, sendo uma formação rochosa com aproximadamente 80 metros de altura.
A Torre de Pedra é procurada para a prática de Rapel / Foto: Prefeitura de Ribeirão Claro
“Dentro da cidade o que é mais bonito são a praça da igreja, a praça do coreto e o castelinho que guarda as relíquias da guerra entre estados. Fora da cidade têm as cachoeiras, a ponte pênsil e os resorts”, conta Tais Ramos, 21 anos, funcionária pública e moradora de Timburi, cidade próxima a Ribeirão Claro.
A Ponte Alves de Lima mais conhecida como Ponte Pênsil de Chavantes, tem uma extensão de 164 metros sobre o rio Paranapanema, que liga a cidade de Ribeirão Claro, no Paraná, a Chavantes, no Estado de São Paulo. A construção da ponte ocorreu no início dos anos 20 para transportar a produção de café da região para a Estação Chavantes da Estrada de Ferro Sorocabana.
A ponte pênsil é um patrimônio tombado para preservar a sua história / Foto: Ariene Drummond
Além dos atrativos naturais que existem na cidade, Marcos diz que existe uma divulgação para atrair ainda mais turistas para o local. “O município investe em divulgação regional, estadual e nacional, parcerias com os empreendimentos, participações em feiras e festival de turismo. E também realizações de eventos relacionado ao turismo, tais como: passeios ciclísticos, caminhadas na natureza, motocross, feira de agroindústria (Fescafé).”
“É uma cidade muito acolhedora, além de muito bonita. Têm vários atrativos turísticos naturais, vários lugares para sair, baixo índice de crimes e uma cidade que está em constante desenvolvimento. É uma cidade do interior paranaense, pequena, porém bem habitada, desenvolvida e um bom lugar para se viver”, conclui a turista Tais.

Como chegar: Pegando a rodovia Raposo Tavares, sentindo interior, é necessário ir até a cidade de Chavantes e seguir pelas rodovias Fausi Mansur e Parigot de Souza. Já pela rodovia Castelo Branco, também com sentido interior vindo de São Paulo, deve chegar até a cidade de Ourinhos, depois seguir para Chavantes ou ir até Jacarezinho e em seguida para Ribeirão Claro pela rodovia Prefeito José Alves Pereira.

Ariene Drummond

terça-feira, 7 de abril de 2015

Cidade das Águas

O município que abre as portas do Mato Grosso do Sul para você

Conhecida como "Cidade das Águas" Três Lagoas é uma das principais cidades do estado. Rica em belezas naturais, o município também é um dos principais polos industriais de Mato Grosso do Sul, banhado pelos rios Sucuriú e Paraná. Três Lagoas vive um momento de grande crescimento na área turística, setor responsável por boa parte da geração de empregos.
Situada na divisa com o estado de São Paulo, o município conta com praias de água doce, pousadas, porto, balneário, e marina, sendo os principais os atrativos turísticos que fazem de Três Lagoas um lugar único. A cidade também é conhecida por suas histórias, que ajudaram em seu desenvolvimento, como praças, monumentos e marcos que rementem ao início de tudo.
Pousada do Tucunaré / Foto: Prefeitura Municipal
Maior empreendimento turístico da costa leste do Estado, a pousada do tucunaré, é cercada por apartamentos de luxo e piscinas especiais para hospedes. O lugar também possui um espaço especial para crianças com monitoramento especializado, conta com passeios a cavalo e trenzinhos.
Três Lagoas conta com uma colônia de pescadores na vila de Jupiá, as margens do rio Paraná, que é um ótimo local para pescarias, ou compra de pescados. O lugar é considerado como a melhor opção para locação de barcos e contratação de piloteiros. Também são realizados eventos na prainha e, o que chama atenção é uma usina construída no local em 1974, com tecnologia 100% brasileira.
Colônia de Pescadores de Jupiá / Foto: Prefeitura Municipal

Para Odail de Almeida Costa, 35 anos, morador de Três Lagoas, a cidade é bem legal para se morar e visitar, "Há muito lugares para pesca, somos reconhecidos mundialmente por sermos a capital da celulose, a criação de gado é muito conhecida também. Os visitantes se alegram pela diversidade de atrativos turísticos, como o cristo, o pescador, nossa fauna e flora, sem contar nossa lagoa maior que fica no centro da cidade".
A Igreja de Santo Antônio é uma das construções mais antigas da cidade, construída em 1914, pela colônia portuguesa. No natal de 1914, a capela recebeu a visita de D. Pedro de Alcântara de Orleans e Bragança, filho da princesa Isabel. A igreja foi tombada pelo patrimônio histórico em 1982.
Igreja Santo Antônio / Foto: Prefeitura Municipal
Três Lagoas hoje é responsável por 50% do volume de exportação industrial do estado do Mato Grosso do Sul, com os principais itens de exportação sendo a celulose e o farelo de soja. A cidade possui cerca de três mil empresas, 54 indústrias de médio e grande porte, e um potencial logístico muito forte possuindo três modais, a hidrovia, a ferrovia e a rodovia. Uma cidade para se encantar com suas belezas naturais e também para se arrumar um bom emprego e morar.


Como Chegar: Partindo do interior o condutor deve procurar a SP 300, Rodovia Marechal Rondon que segue até a cidade de Três Lagoas.  

Luciano Soares    

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Local de paz: sintonia entre o homem e a natureza

Visitantes do Horto buscam contato com o meio ambiente e os animais.

Conhecida como Capital do Verde, Manduri tem grande parte de seu território com áreas de reflorestamento de pinus e eucaliptos. Com isso, o local que atrai mais visitantes na cidade é a Floresta Estadual, por ser área de preservação, com animais em seu habitat natural e contar com boas opções para passar o dia.
Com cerca de 1.486.000 metros quadrados, o que equivale a aproximadamente 1.800 campos de futebol, o Horto Florestal, como é conhecido pela população, foi criado em novembro de 1962 e é administrado atualmente pelo Instituto Florestal da Secretaria de Meio Ambiente.
A extensão da Floresta Estadual é maior que a do município de Manduri / Foto: Reprodução Google Maps
“A área destinada à visitação pública, foi implantada com objetivo de atender à comunidade, dando oportunidades de recreação, lazer e interpretação da natureza. Como também programas de apoio extracurriculares, conscientização do público visitante sobre problemas ambientais locais e a importância da conservação dos recursos naturais”, diz Marli Maria Cardoso, engenheira florestal responsável pelo local.
Cercada por árvores, a entrada do horto é bem atrativa, já sendo possível sentir o ar puro e notar a tranquilidade que existe no local. A surpresa acontece quando os macacos que habitam a floresta aparecem para interagir com os visitantes, sendo atrevidos ao buscar nas mãos das pessoas a comida oferecida.
Os macacos buscam nas mãos dos visitantes o alimento oferecido / Foto: Ariene Drummond
Para o morador de Manduri, Leandro Ferruci, 22 anos, é muito significativo que a área continue preservada, “É importante o meio ambiente para esses animais, porque em um lugar preservado eles sempre vão estar bem”.
Segundo o Instituto Florestal, a área tem aproximadamente 450.000 m² de mata atlântica e o restante por plantio de pinus e eucalipto. O Horto Florestal conta com uma área de uso público, com lago, roda d’ água, quiosques para piquenique e com churrasqueiras, estacionamento, banheiros, campo de futebol, quadra de vôlei de praia e parque recreativo.
Outra opção para quem gosta de aventura e ficar perto da natureza, são as trilhas sinalizadas no qual também é possível notar a presença dos animais, como o bugio, macaco-prego e veado-catingueiro. A Trilha do Angico tem 400 metros de extensão, já a Trilha do Bugio é maior, com cerca de três quilômetros.
As trilhas sinalizadas são boas opções para os turistas / Foto: Ariene Drummond
Gabriel Sota, 20 anos, morador de Piraju, diz que o lugar é bem popular na sua cidade, “A região onde moro é conhecida por suas belezas naturais, com diversos locais onde se pode passear e apreciar a natureza. E desde pequeno, por muitas vezes na escola ouvi falar de Horto Florestal de Manduri”.
Por ser longe da área urbana e com apenas a natureza ao redor, o horto traz para os turistas o sossego para se passar o dia, seja com a família ou os amigos. “Quando me dirijo ao local, gosto de sentar na beira do lago e ficar admirando as águas”, conta Gabriel.
A bela paisagem se completa com o lago que existe no local / Foto: Ariene Drummond
“A área preservada é importante porque mantém empregos diretos e indiretos, colabora na melhoria da qualidade do ar, manutenção dos fluxos hídricos, controle de erosão, conservação da flora, fauna e muitas espécies ameaçadas de extinção. Oferece ainda lazer em contato direto com a natureza, atividades de educação ambiental, produção florestal sustentada e pesquisas com diversidade biológica”, finaliza Maria.

Como chegar: A Floresta Estadual de Manduri fica na rua do Horto Florestal, s/nº, bairro Horto Florestal. Outra via de acesso é na rodovia SP-287 na entrada ao bairro Caracol, da cidade de Manduri.

Ariene Drummond

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Não percam!

Você gosta de ficar perto da natureza? De conviver com os animais? E de ficar num lugar no qual se é possível ouvir até o grilo cantar?
Esse será o tema do próximo roteiro turístico que terá no nosso blog!